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quinta-feira, 29 de outubro de 2009


Ale e Eu,na saida da Mega Show/Realengo-RJ










O ídolo significa uma ilusão que está fora de nós.No tempo de Samuel o povo desejava um rei. Na verdade estavam mais dispostos a obedecer à voz humana de um rei do que a ouvir diretamente a voz de Deus. Temos uma incompreensão da invisibilidade de Deus e, como é marca do nosso tempo, precisamos de um ídolo. Estamos a procura de ídolos que sejam visíveis, palpáveis, que sirvam de modelo para nós, que vençam por nós aquilo que não conseguimos vencer, que nos redimam em nossas vidas, que justifiquem a nossa torcida, que nos alegrem, que transformem a nossa realidade sem graça em algo especial.Foi notório certa vez, quando perguntei aos meus alunos quais deles haviam chorado pela eliminação da Seleção nas quartas de final. Os mesmos alunos que confessaram ter chorado pela seleção brasileira foram os que, quando perguntados, disseram em outra ocasião que todos os negros brasileiros são ladrões. Tornou-se uma farsa genérica, que até eles mesmos começaram a acreditar, não obstante a própria seleção brasileira tivesse uma grande quantidade de jogadores negros.Conseguimos ficar indignados com a perda da seleção brasileira, mas perdemos a capacidade de nos indignar com a pobreza e a miséria. Moradores de rua tornaram-se parte da paisagem urbana e já não nos causam mais estranhamento.Quando desejamos um ídolo deixamos de olhar para Deus e para nosso próximo, aquele que está ao nosso lado. Preferimos viver na fantasia do ídolo que nunca virá do que, juntos com Deus, transformarmos a nossa realidade.